Alimentar-se bem para livrar da dor: como a microbiota intestinal e a dieta podem ajudar a controlar o desconforto crônico.

Um estudo recente  da revista Nutrients  utilizou bibliometria para identificar como a nutrição pode modular a relação entre a microbiota intestinal e a dor crónica.

A dor é uma experiência sensorial desagradável e de natureza subjetiva. A dor crônica inclui dor psicogênica, patológica e funcional, que pode impactar negativamente a qualidade de vida.

Vários estudos indicaram que órgãos periféricos, incluindo músculos, articulações, pele, ossos e tecidos viscerais, contêm uma abundância de nociceptores. No entanto, o mecanismo molecular subjacente da dor crónica permanece obscuro, impedindo assim o desenvolvimento de medidas terapêuticas eficazes para controlar a dor crónica.

A dor crônica é tratada com base no seu tipo, como dor inflamatória, visceral, dor de cabeça e neuropática, sendo o tratamento de certos tipos de dor crônica mais desafiador do que outros. Por exemplo, a dor visceral associada à doença de Crohn (DC) é mais difícil de tratar, sendo a maioria das intervenções para a dor, como ioga, dieta kefir, acupuntura e o medicamento olorinab, ineficazes.

Vários estudos demonstraram que os microrganismos presentes no intestino estão ligados a muitas funções fisiológicas, incluindo funções imunitárias e metabólicas. Além disso, o microbioma intestinal mantém a saúde geral do corpo, conservando a integridade da barreira intestinal, a regulação energética, o armazenamento nutricional e o desenvolvimento do cérebro. 

Recentemente, os pesquisadores têm se interessado cada vez mais em avaliar a relação entre dor e microbioma intestinal. Estes estudos indicaram que os micróbios que colonizam o trato gastrointestinal podem facilitar a comunicação bidirecional entre os micróbios intestinais e a dor.

Referência

  • Lu, G., Zhang, S., Wang, R., et al. (2023) Tendências globais na pesquisa da relação dor-intestino-microbiota e como a nutrição pode modular esta ligação. Nutrientes 15 (17). doi:10.3390/nu15173704
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